Não sei bem...

Lembro-me de me terem pedido para não trajar. Não trajar? Porquê? Dizem-me que é uma tradição parva, que é só em Portugal que se usa o traje com esse propósito, e que copiámos mal a ideia dos nossos vizinhos. Sim, porque o traje é originário da Espanha e só trajava quem pertencia à tuna. Era um modo de os prestigiar e distinguir.

A grande questão que aqui coloco é o facto de falarmos de mais. Se estamos sempre a dizer que nunca somos como os outros, porque haveremos de ser diferentes? Concordo e respeito em relação a certas praticas académicas, como praxes exageradas e afins, mas não percebo o porquê de se ter de pintar tudo e todos por igual. Gosto de trajar, gosto de fazer parte do espirito e da vida académica (e não, esta não é só noite e bebedeira). O companheirismo, entreajuda, solidariedade, estudo cerrado, risos e choros, e , em especial, partilha de objectivos em comum, faz de nós um grupo especial e sensível ao que nos rodeia. É, passando a repetição, algo extremamente especial, que nos vai durar para a vida toda, e só percebe isso quem por tal passa.